Há novas modalidades de seguros de vida, associados ao crédito à habitação, que cobrem apenas 50% do capital em dívida quando o empréstimo é pedido por duas pessoas.
O seguro é mais barato, mas nem sempre o consumidor é alertado para o que está a contratar e, muitas vezes, este só se apercebe mais tarde, em caso de morte, acidente ou doença de um dos titulares, que metade do capital em dívida fica pago, mas a outra metade não está coberta pela apólice.
A notícia, avançada pelo "Público", dá conta de que a oferta desta variante está a aumentar, sendo disponibilizada por várias seguradoras e apresentada por alguns bancos, como o Bankinter.
Segundo os dados recolhidos pelo ComparaJá.pt, dos cerca de dez mil utilizadores registados no 1.º trimestre, só um em cada três teve o cuidado de subscrever o seguro com cobertura mais abrangente. A falta de informação é uma das razões, mas o preço também influi.
Deco alerta
"Além da diferença entre as coberturas dentro da mesma entidade, os dados do site ComparaJá.pt mostram que os custos dos seguros contratados diretamente nas seguradoras podem ser significativamente mais baratos do que os contratados junto do banco", refere o jornal.
A Deco-Associação de Defesa do Consumidor defende que a contratação deste tipo de produtos deveria ser feita, exclusivamente, por mediadores de seguros, que têm a formação adequada, e não por qualquer funcionário ao balcão de um banco ou de uma loja.
"Se forem mais bem esclarecidos, os consumidores podem acautelar melhor o futuro", refere Natália Nunes, do Gabinete de Apoio Financeiro da Deco.
In Jornal de Noticias 23/08/2020
https://www.jn.pt/economia/aumentam-os-seguros-de-vida-que-so-cobram-metade-do-credito-a-habitacao-12547048.html